Carnaval 2009 – Grupo de acesso: Escolha a campeã

Este ano ocorreu uma mudança e as escolas de samba do Grupo de Acesso (ou Grupo A)  terão seus desfiles organizados pela Lesga – Liga das escolas de samba do grupo de acesso. O desfile será no Sambódromo, no dia 21 de fevereiro, a partir das 21h. A rede CNT fará a transmissão. Lembro que a campeã e a vice desfilarão no Grupo Especial no Carnaval de 2010.

Veja aqui quem foi a campeã do Grupo de Acesso em 2009

Votação encerrada.
Pela escolha dos internautas, a campeã é a União da Ilha. Confira os percentuais.

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4ª Parcial da eleição

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3ª Parcial da eleição

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2ª Parcial da eleição

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1ª Parcial da eleição

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Visite os sites das escolas – A lista está na ordem do desfile

 

Carnaval 2009 – Escolha a campeã

Quem será a campeã do Carnaval 2009 no desfile do Grupo Especial do Rio de Janeiro? Você pode escolher partindo de qualquer critério, sendo que o principal é o coração mesmo.

trofeuzinho1aPelo voto dos internautas, a   Beija-Flor de Nilópolis foi a campeã do Carnaval 2009 do Grupo Especial. Abaixo estão os gráficos da votação.

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Todas as escolas de samba prometem um desfile digno de primeiro lugar. Então, qual é o seu voto?

Veja a ordem alfabética e o dia em que cada escola de samba vai desfilar.

Beija-Flor Domingo
Grande Rio Domingo
Imperatriz Leopoldinense Segunda
Império Serrano Domingo
Mangueira Segunda
Mocidade Independente Domingo
Portela Segunda
Porto da Pedra Segunda
Salgueiro Segunda
Unidos da Tijuca Domingo
Vila Isabel Domingo
Viradouro Segunda

Você se considera cinéfilo? Amarcord… eu me recordo

Se você se considera cinéfilo e não viu Amarcord, corra até a locadora e pegue o DVD. Veja tantas vezes que achar necessárias. Aí sim você poderá se considerar um verdadeiro cinéfilo.

Primeiro, clique aqui para ouvir o belíssimo tema musical composto por Nino Rota, parceiro gênio-musical de Fellini em vários de seus filmes. Abrirá uma nova janela e você poderá continuar a ler o artigo.

Uma das coisas mais bacanas do cinema é que nele podemos ver partes de nossas vidas. Não estou dizendo que as pessoas queiram sair por aí vestidas de morcego quando não é Carnaval, mas esta é uma fantasia que vai nos recônditos da mente humana quando se busca um ideal de justiça e honra. Não é à toa que os super-heróis usam capas e elmos. O ideal medieval ainda persiste no inconsciente coletivo e isso é inegável.

Ao mesmo tempo, temos vários tipos de cinema, de formas de mostrar ou contar uma história. Uma das minhas histórias preferidas retratadas em forma de cinema é o filme Amarcord, de Federico Fellini. Pode ser que muitos nem o conheçam ou não o tenham visto. Quero apenas dizer que, em muitos momentos desse filme, especialmente para quem foi criado nos subúrbios do Rio de Janeiro, parece que o diretor retratou aquele momento de nossas vidas.

Apenas para ilustrar e mostrar como as coisas dos povos latinos são características, conto aqui um comentário feito por um casal de amigos que foi estudar na Alemanha. Lá chegando, acharam tudo bacana e certinho. O ônibus passava todos os dias às 13:22′:36″; fizesse Sol, chuva ou nevasse. Nos jardins observados, o ancinho estava no lugar do ancinho, as flores pareciam obedecer a uma ordem e sempre pareciam viçosas, as pessoas falavam baixo e vai por aí. Numa época de férias, foram até a Itália e… Sentiram-se em casa! Pessoas falando alto e usando as mãos para também falar, caos no trânsito, isto é, um certo ar de bagunça organizada, um ar latino e em determinados lugares, disseram que parecia que estavam no subúrbio do Rio de Janeiro em que nasceram.

Não há rua em que não houvesse um doidinho ou doidinha cativos, vizinhos barulhentos, crianças que só pensavam em fazer traquinagens e as famílias caricatas. Esta é a melhor parte, eu diria. Pois a família retratada é totalmente interessante. Há o pai que tem posições políticas bem definidas, o cunhado boa vida, a esposa que se mata de trabalhar para manter a casa e os filhos em ordem, o avô que vive de lembranças e tentando ensinar coisas da vida para os netos.

Peço, portanto, atenção especial a esta jóia do cinema, um clássico universal por ser provinciano.

Links Interessantes:

Filmografia de Federico Fellini
Um blog sobre cinema chamado Amarcord
Filosofix
, que contém um vídeo com a versão para violão clássico do tema de Amarcord.

Reforma ortográfica 2009: Noel Rosa e Jackson do Pandeiro

Uma pequena homenagem a Noel Rosa, que não perdeu a veia de cronista ao verificar que a reforma ortográfica de 1931 retirou as letras K, W e Y (picilone) da Língua Portuguesa. Por seu lado, Jackson do Pandeiro poderia ser considerado um precursor da Reforma Ortográfica que readicionará, a partir de janeiro de 2009, as letras K, W e Y (picilone). Nos comentários deste post, você encontrará o link para baixar todas as novas normas ortográficas.

Leia a letra de Noel, que se preocupou com o fato de a menina Yvone ter seu nome praticamente modificado por conta da letra que fora expurgada de nosso alfabeto. Depois, ouça “Sebastiana”, um forró da melhor qualidade, para não dizer antológico, no qual que Jackson do Pandeiro conta a história do motivo para ter usado o picilone na letra da música.

Picilone (Noel Rosa)

Yvone (Yvone)
Yvone (Yvone)
Eu ando roxo
Pra te dizer um picilone

Já reparei outro dia
Que o teu nome, ó Yvone
Na nova ortografia
Já perdeu o picilone

É pra ganhar simpatia
Que todo mundo se abaixa
Pra te fazer cortesia
Com os olhos fora da caixa

Tem uma vida folgada
Não faz mais nada, a Yvone
Até já tem empregada
Para atender telefone

Cansei de andar só de tanga
Já perdi a paciência
Fui te encontrar na Cananga
Mas não me deste audiência

Veja o vídeo e ouça a história do motivo para usar o picilone (y).

Sebastiana

(Rosil Cavalcanti)

Convidei a comadre Sebastiana
Pra cantar e xaxar na Paraíba
Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba
E gritava: a, e, i, o, u, y (picilone)

Já cansada no meio da brincadeira
E dançando fora do compasso
Segurei Sebastiana pelo braço
E gritei, não faça sujeira
O xaxado esquentou na gafieira
E Sebastiana não deu mais fracasso
Mas gritava: a, e, i, o, u, y (picilone)

Almoço na sogra e Bandalhismo

Certa vez, ainda nos tempos de namorado, lá pelos 19 anos de idade, num domingo minha sogra resolveu fazer rabada. Mandou avisar com antecedência. Como eu sempre gostei muito da dupla Bosco e Blanc e de rabada, vivia comprando discos e tocando suas músicas que avidamente esperava sair na antiga revista Violão & Guitarra, para depois impressionar a namorada com meus dotes musicais. Não me fiz de rogado.

Domingo, de banho tomado e todo cheiroso lá vou eu para a casa da namorada e levando debaixo do braço o LP Bandalhismo, doido pra mostrar para a sogra o quanto a música pode “casar” com a culinária.

Lá chegando já fui me apoderando da vitrola. Sim, sou desse tempo. Enquanto o rango estava nas preliminares para ser posto à mesa, e eu ataco de “Tal Mãe, Tal Filha” (“…minha sogra, Deus a tenha. O Terror da Penha. Velha desbocada, Center-Half nas peladas, braba de umbigada”). Alguns olhares da sogra foram meio enviesados. Será que ela pensou que era alguma indireta que eu estaria mandando? Acho que foi isso o que ela pensou. Até aí tudo bem. Mesa posta, nós três à mesa e a bandeja com a rabada fumegante a nos esperar. Cervejinhas rolando pra lá e pra cá até que falei que deveríamos comer a rabada ao som de “Bandalhismo”. Depois que os pratos foram devidamente servidos, levantei-me pedindo silêncio para que prestassem atenção na letra e coloquei a faixa do LP para tocar.

E começa o João Bosco… “Meu coração tem botequins imundos, antros de ronda vinte-e-um, porrinha…”. Olhares um tanto parados devido ao tema.

Garfadas suaves eram dadas para que a voz do João Bosco expusesse a letra. Olhares já um tanto esbugalhados da sogra para mim no “Essa vontade de soltar um barro” e eu todo feliz por estar mostrando cultura para ela. O João Bosco manda…” Como os pobres otários da Central já vomitei sem lenço e Sonrisal o P.F. de rabada com agrião…”. E eu ouço…”Minha filha ele ta estragando o almoço…”

Nem deu tempo de ouvir a parte com o Paulinho da Viola. Fiquei com cara de tacho e rapidinho tirei a música.