Escolher amigos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.

Não quero só o ombro ou colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.

Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou.

Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei que normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.

Este texto é atribuído a Oscar Wilde 1854 (56?) – 1900

5 comentários sobre “Escolher amigos

  1. Realmente a amizade têm que ser despojada de quaisquer regras, preconceitos,etc…Amigo é amigo em qualquer situação.

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  2. Lindo texto, Jorge!
    Passa uma sinceridade sem medo de ser feliz. 😉

    Abraço!

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  3. oi meu amigo
    nao resisti
    desnecessario dizer q eh perfeito….
    ao ler nos sentimos dentro …. literalmente…
    amigos para sempre
    grande abraco

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  4. ah dinovo
    foi tb foi muito feliz
    na imagem do texto
    liberdade
    tb qdo o texto diz….
    o valor do vento no rosto…eh unico
    eu sou apaixonada pelo vento….
    abraco meu amigo

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