Decretado o fim dos livros de culinária

Esta parece ser uma daquelas afirmações que são facilmente contestadas, muito mais pela falta de embasamento do que propriamente por seu suposto impacto. Entretanto, nas palavras de Scott Pack, um homem que já foi considerado um dos mais poderosos do mercado editorial inglês, por ser diretor comercial da Fryday Project, a primeira editora web-to-print (imprima direto do site), numa entrevista concedida a James Silver, do Sky News (em inglês), que dentro de dez anos, no máximo, livros de culinária, por exemplo, deixarão de existir na forma que conhecemos hoje, isto é, impressos. Segundo suas palavras, ao tocar na tampa do forno, você receberá cerca de 500 receitas diferentes de como preparar aquele peixe que foi “pescado” no supermercado. E, quando fechar a tampa, já com o peixe dentro do forno, você poderá assistir a qualquer programa nesta mesma tampa. Fantástico, não? O mesmo se aplica, segundo Scott Pack, aos dicionários, enciclopédias, livros de referências e guias de viagem em geral, que fatalmente estarão disponíveis para lermos em nossos celulares a qualquer momento.

Ao mesmo tempo, ele não se coloca entre aqueles que lerão livros em dispositivos eletrônicos como o recentemente lançado leitor eletrônico de livros e jornais da Amazon Books [Leia o artigo “Fim do Livro Impresso?”]. De acordo com seu pensamento, “ler um livro num dispositivo como estes é algo que não dá prazer”. O livro como objeto não desaparecerá, pois ainda teremos como impressos cerca de 80% da produção editorial e o restante, como os exemplos citados, estarão disponíveis em meios eletrônicos. Quer dizer, romances e livros técnicos, por exemplo, não deixarão de ser impressos.

Numa visão de mercado, especialmente das grandes redes, pode ser que menos livros sejam editados visto a quantidade de best-sellers vir diminuindo e este tipo de literatura é o que mantém algumas editoras e livrarias. Entretanto, nada impede que muitas pessoas baixem o último best-seller para ler em seu dispositivo eletrônico, mas que fique bem claro que isto não será feito pela grande maioria dos leitores.

2 comentários sobre “Decretado o fim dos livros de culinária

  1. Olha Jorge, se depender de mim, nunca haverá fim para os livros de culinária impressos. De minha parte, eu nunca conseguiria cozinhar lendo a receita num Ipod, por exemplo! [:)]
    Abração,

    Mariane Oliveira
    Brasília, DF

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  2. Mariane,

    Eu acho que o livro como objeto jamais desaparecerá; entretanto, algumas modernices podem vir a ser utilizadas pelas gerações futuras que verão o livro como algo, digamos, diferente.

    🙂

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